A I mostra Curta Educação, que ocorreu no dia 18 de outubro no auditório Paulo Freire fez parte da III Semana de Educação da Unirio. Sua realização teve apoio de Escola de Pós-graduação em Educação com parceria com o Cine CCH, coordenado pela Profª Adriana Hoffmann.
A mostra contou com oito curtas produzidos por membros do corpo docente e discente da universidade. Os curtas participantes foram: “O que você faria?”, “Na fantasia da lei”, “Cursando o quê?”, “Os Contos dos Cafundó”, “Educação no lago do Puruzinho”, “Incluir também se aprende”, “Filosofia Unirio - Recepção dos alunos 2011” e “Juventudes Sul-Americanas”.
A abordagem dos curtas foi diversa: alguns utilizaram relatos, a ficção, a animação e documentos de pesquisa. O curta produzido pela professora Drª Aliny Lamoglia, por exemplo, se enquadra neste último quesito, tendo sido fruto de um projeto de pesquisa sobre o papel do mediador para a inclusão de crianças com necessidades especiais no ensino regular. Outro exemplo de material de pesquisa foi o trabalho na comunidade do lago do Puruzinho, desenvolvido pela professora Natascha Krespsky, que buscou a aproximação da comunidade ribeirinha com questões como o controle de doenças.
Os curtas produzidos “Cursando o que”, “recepção dos calouros”, “O que você faria?” e “Juventudes Sul-americanas buscaram retratar o espaço da universidade. No primeiro caso, a relação dos estudantes do CCH com os seus cursos; no segundo, os alunos de filosofia trouxeram o seguinte questionamento : “o que é filosofia?” para os estudantes e professores da universidade. No curta “O que você faria?”, por sua vez, foram destacadas as narrativas dos estudantes do CCH em relação a diversidade sexual e de gênero. E, por último, em “Juventudes sul-americanas”, foi abordado o papel do jovem latino americano na atualidade: O que é ser jovem?
O curta ‘’Os contos dos Cafundó’’, produzido por Camila Infante e Rodrigo Infante, foi o único material fictício, contando com a dramatização para retratar a relação de uma criança com a sua cidade, e ao mesmo tempo, com todo o mundo à sua volta, a partir da aproximação com a internet. Além deste material, foi utilizado o recurso da animação em “A fantasia da lei”, de Leonardo Gomes, para destacar o baixo salário dos professores no país.
A sessão da mostra seguiu, após a exibição dos curtas, com a fala dos autores sobre as suas produções e posteriormente houve debate do público, que se interessou, por exemplo, quanto ás formas com que o stop-motion havia sido realizado, sendo também debatidos os temas e questões abordadas direta ou indiretamente nas produções.
(Cíntia e Juliana)
Atrevo-me a dizer que a I Mostra de Curtas realizada na UNIRIO mexeu muito comigo. No grupo de pesquisa da Prof. Adriana Hoffmann nós costumamos nos perguntar sobre os efeitos que o cinema tem sobre os sujeitos, os rastros produzidos nestes, e as narrativas que eles tecem.
ResponderExcluirNa mostra de curtas pude ver, em poucas horas, os efeitos que podem ser despertados nos sujeitos quando uma sementinha é plantada em algum momento da vida, seja ela o contato com o cinema ou o simples incentivo à criatividade e à imaginação.
Só tenho como agradecer aos organizadores parabenizando-os pela iniciativa, e desejar que o evento seja realizado todos os anos!
CONSIDEREI A MOSTRA DE CURTAS MUITO INTERESSANTE E OS TEMAS APRESENTADOS SÃO DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA A FUNÇÃO DO EDUCADOR.
ResponderExcluirQUESTÕES COMO O BAIXO SALÁRIO DOS PROFESSORES("A FANTASIA DA LEI"), BEM COMO A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNEROS (O QUE VOCÊ FARIA?),DEVEM SER MAIS TRABALHADAS DENTRO DAS ESCOLAS. ESTE SEGUNDO CURTA ME LEMBROU O FILME "MINHA VIDA EM COR DE ROSA" ASSISTIDO POR MIM NO CINE CCH.
ENFIM, DESEJO QUE EVENTOS COMO ESTE SEJAM SEMPRE REALIZADOS.
UM ABRAÇO PARA TODOS!
Obrigada por suas participações! Aguardo os demais da turma... E maysa, cuidado, não falamos dos "efeitos" no grupo de pesquisa falamos do cinema como formador dos sujeitos. Isso não é "efeito" porque a teoria dos efeitos considera o contrário: que o sujeito é totalmente dominado pelos efeitos do que vê na imagem. Aquela velha concepção do senso comum de que ele vê um filme violento e tem um comportamento violento como "efeito" do filme visto. Sei que não foi com essa intenção que vc a usou mas é que os termos são carregados de histórias e concepções e quando não queremos falar de determinadas concepções é melhor evitar certos termos,ok?
ResponderExcluirHuuum, entendo, Adriana. Mas digo "efeito" pensando em uma ação que provoca uma reação. E acredito que pensar o cinema enquanto formador de sujeitos implica em ações que se refletem nas reações do espectador que pensamos, enquanto sujeito crítico, e não mero receptor. Mas ainda há muito para eu aprender... =)
ResponderExcluirEntendo a forma como usou mas é que para os estudiosos da mídia esse termo já tem uma carga de sentido forte. Justamente a ação (filme violento) que provoca uma reação (comportamento violento)... A educação vai além isso, sabemos e sei pelo que te conheço que vc também sabe. Obrigada por aparecer aqui e por sua parceira na monitoria!!
ResponderExcluirAdriana
Também parabenizo aqui a Juliana e o Victor, organizadores da Mostra com o apoio do CINE CCH! Inclusive postei esse mesmo texto citando os mesmos autores no blog do CINE CCH. Com esse compromisso e envolvimento se constrói um perfil de profissional competente. A universidade é espaço para isso: abrir outros espaços de ação além da sala de aula. Pena que muitos não enxergam nem a sala de aula direito quanto mais os demais espaços de atuação que abrimos dentro dela. Formar-se como profissional é atuar como vocês atuaram nesse trabalho. Parabéns!
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