Seja bem vinda(o)!

Seja bem vinda (o) ao blog da disciplina "Leitura e produção de imagens – Imagem e Educação", ministrada pela Profª. Adriana Hoffmann na UNIRIO.
Este blog será construído junto com os alunos, a partir das produções realizadas em nossos encontros semanais.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Filme Olhar estrangeiro e questões - parte 1



Encerrando o trabalho de análise dos programas de TV passamos para um novo momento em que teremos na próxima segunda, dia 21/11, a exibição com debate no CINE CCH do filme "Olhar Estrangeiro" de Lúcia Murat. Mais informações entrem no blog http://cinecch.blogspot.com/

Para relação com a disciplina estabelecemos algumas questões para responderem a partir do filme visto. Dividirei as questões em duas postagens: umas relacionadas ao filme e outras relacionadas ao projeto que farão como trabalho final da disciplina,ok?

Questões

Que olhares estrangeiros aparecem no filme? O que vocês pensam a respeito? 

Há semelhanças em alguma medida entre os olhares estrangeiros e nossos olhares brasileiros? E há diferenças? Quais?

O que nós brasileiros pensamos de nós mesmos?

Está aberto o debate a partir do filme. Podem postar aqui suas opiniões após a exibição do filme. O debate está aberto também aos de fora da disciplina que quiserem participar tanto aqui nesse blog quanto no blog do CINE CCH.

Adriana

19 comentários:

  1. Ao ver o documentário "Olhar Estrangeiro" percebe-se que a imagem do Brasil está impregnada de estereótipos: alegria, festa, praia, mulheres sensuais e nuas, futebol, caipirinha, samba e pouco trabalho. Além de um total desconhecimento da nossa cultura, muitos estrangeiros chegam ao absurdo de nem saber ao certo a língua do país. Contudo, muitas vezes os próprios brasileiros reforçam essa visão caricata. E conhecido que o povo brasileiro possui um estilo de vida mais "leve" se comparado ao padrão norte-americano e européu, mas isso termina sendo colocado de modo simplista e equivocado em muitos dos filmes e falas mostrados no documentário.
    Acredito que o povo brasileiro considera-se batalhador e feliz, mas se restringindo a meros estereótipos.

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  2. Todas as idéias mostradas no documentário "Olhar Estrangeiro" não me causaram grande susto. A imagem que o Brasil tem lá fora como um país de diversão, sem responsabilidades, bebidas, carnaval, mulheres lindas e vulgares, já me pareciam bem claras. Mas fiquei impressionada como muitas vezes não somos nós brasileiros que criamos este esteriótipo, os próprios estrangeiros vão deixando sua imaginação e suas fantasias criarem essa imagem e não se dão ao trabalho de descobrir de verdade como o povo brasileiro é!
    Claro que nós mesmos sabemos que somos um povo muito alegre, que adora festas, mas não da forma que foi mostrado. Batalhamos muito, uma sociedade que trabalha dia e noite sem parar, o que nos difere deles é que mesmo com todo esse trabalho conseguimos ser felizes, alegres, simpáticos, receptivos em qualquer época do ano!

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  3. Os olhares estrangeiros abordados no filme tanto o francês quanto o norte-americano e outros não definem o Brasil como ele é, e sim mostram como eles pensam sobre os brasileiros principalmente sobre as mulheres, vistas sempre como objeto de desejo.
    Não há semelhanças do olhar estrangeiro com o nosso, o que existe são diferenças , pois a sociedade brasileira não é essa gente tratada apenas como mercadoria, objeto ou sexo.
    Acredito que o povo brasileiro sabe seu papel e não é este povo retratado no filme, nossa gente brasileira é guerreira e lutadora, ou seja, trabalha muito para suprir suas necessidades que não são poucas.
    Cintia Machado

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  4. Professora Adriana..eu Cintia Machado postei como anônimo, pois não consegui postar com meu nome desculpe

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  5. Ao ver o documentário "Olhar Estrangeiro!, foi possível verificar que os estrangeiros possuem uma visão totalmente equivocada do que realmente é o Brasil - principalmente - o Rio de Janeiro. Ao que parece, nós brasileiros somos apenas (com o perdão da palavra), "bundas"; o que me remete a
    uma música de Rita Lee: "nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda...".
    Neste sentido, considero que "os olhares estrangeiros" mostrados no filme são bem diferentes do que, de fato, são os brasileiros: um povo, lutador, trabalhor e guerreiro, que trava uma luta diária com todas as dificuldades do nosso país.
    A única semelhança que pude verificar no documentário, foi em relação a alegria e simpatia do nosso povo... Enfim, somos muito mais do que "bundas", mulheres nuas, caipirinha e etc. Somos um povo alegre e trabalhador apesar de todas as dificuldades.

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  6. Ao ver o documentário "Olhar Estrangeiro", foi possível verificar que os estrangeiros possuem uma visão totalmente equivocada do que realmente é o Brasil - principalmente - o Rio de Janeiro. Ao que parece, nós brasileiros somos apenas (com o perdão da palavra), "bundas"; o que me remete a
    uma música de Rita Lee: "nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda...".
    Neste sentido, considero que "os olhares estrangeiros" mostrados no filme são bem diferentes do que, de fato, são os brasileiros: um povo, lutador, trabalhador e guerreiro, que trava uma luta diária com todas as dificuldades existentes em nosso país.
    A única semelhança que pude verificar no documentário, foi em relação a alegria e simpatia do nosso povo... Enfim, somos muito mais do que "bundas", mulheres nuas, caipirinha, festas e etc. Somos um povo alegre, SIM; mas também trabalhador e lutador apesar de todas as dificuldades.

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  7. O filme mostra os olhares estrangeiros que a indústria cinematográfica criou a respeito do Brasil. Como, por exemplo, as idéias de que o Rio de Janeiro tem selvas, macacos na praia e mulheres desfilando na praia de topless. De que somos vidrados por samba, carnaval e de que passamos o ano todo nos divertindo sem preocupações e sem responsabilidades. De que a cidade é um paraíso romântico onde todas as mulheres sabem andar rebolando. A respeito disto, entendo que nosso país é relativamente novo e que essas visões são normais para pessoas que não conhecem a respeito da nossa tão rica, vasta e miscigenada cultura. Entendo que são quadros normais, porém que podem ser melhor pesquisados e trabalhados antes de serem divulgados em uma mídia que é tão influente no mundo.
    Há semelhanças entre os nossos olhares e os estrangeiros em relação ao clima do país, principalmente o do Rio de Janeiro que passa grande parte do ano com temperaturas altíssimas. Outra semelhança que identifiquei foi a de ter muitas frutas. Nosso país tem sim esse privilégio, visto que possui solo e temperaturas propícias para o plantio de diversas frutas. Notei como principal diferença entre esses olhares, o fato de enxergarem nosso país como um lugar de festas intermináveis, diversão, bom humor e danças diários.
    Entendo que nós brasileiros também nos enxergamos como privilegiados quanto à natureza exuberante. Porém, nosso pensamento quando a realidade do cotidiano é diferente. Não relacionamos selva e macacos com tudo que é brasileiro. Pelo contrário, a selva Amazônica é algo que grande parte dos brasileiros não conhece realmente e que contém mistérios que os próprios habitantes do país e nativos da selva ainda não desvendarem.

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  8. Os olhares que aparecem são bastante estereotipados, e mostram quão pouco estes estrangeiros conhecem do Brasil, tanto com relação ao nosso povo, como à nossa lingua e outras questões geográficas. Algumas coisas são realmente certas, embora apareçam com certo exagero, mas acredito que esta seja uma marca do olhar estrangeiro em geral, não só para o Brasil. Nós também podemos cair no erro de nos apegarmos a características divulgadas pela mídia, ou de apenas algumas figuras de certo país e generalizar.
    O filme mostra estrangeiros destacando pontos que eles vêem como diverdidos, mas não necessariamente sérios ou corretos, como se vir ao Brasil fosse uma oportunidade para fugir dos compromissos e viver orgias sem fim. É natural que estrangeiros se apeguem mais às características de outros povos, que eles mesmos não possuem, afinal, o comum não chama tanta atenção.
    O que nós, brasileiros, não podemos deixar que aconteça é que passemos a nos ver como o mundo ver e nos adequar a este comportamento.

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  9. É pessoal mas infelizmente muitas vezes repetimos os cliches sem nem perceber que estamos reforçando estereótipos. Trabalhar com a mídia "apenas o que está na moda" sem ter possibilidade de reflexão e criação a partir dela só reforça os cliches existentes. O filme fala de um tipo de clichê mas existem muitos outros...

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  10. Aguardo mais comentários aqui!!!

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  11. O filme aponta a indústria cinematográfica como a propagadora das ideias de que no Brasil as pessoas não trabalham, são fascinadas por samba, e estão a todo momento na praia, em festas, em orgias. Fortalece a ideia de que vivemos em uma selva, onde macacos convivem com as pessoas nas praias e ainda reforça essa ideia estereotipada para as pessoas que nunca vieram ao país. Recentemente assisti um filme que foi gravado no Rio de Janeiro, que mostra a cidade como uma cidade sem lei, onde os policiais são corruptos e compactuam com os bandidos. Esse tipo de coisa acontece tanto no Rio de Janeiro como em qualquer outro lugar também pode acontecer, porém acredito qu existe um exagero por parte da indústria cinematográfica apenas trazer esses temas quando realizam filmes sobre o Brasil. A partir desses filmes,devemos trabalhar formas de desconstrução desses conceitos através da reflexão dos temas e criação de novas histórias a partir deles.

    Diana Rodrigues

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  12. O filme mostra a questão do estereótipo do brasileiro, creio que passamos essa imagem a partir de muitas produções que divulgam essa imagem, mas não devemos ficar presos a isso, a questão é trabalhar o que acontece no nosso dia a dia para não termos um olhar estrangeiro em relação as coisas que fazemos, deixemos o olhar estrangeiro para o estrangeiro.
    Por Danielle de Deus

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  13. Assistindo o filme “Olhar estrangeiro” pude perceber as diferentes maneiras de como o Brasil é visto, são eles: um país de muitas belezas, praias, mulheres seminuas, danças, sol, calor, futebol, diversão, ainda como Brasil colônia, férias prolongadas e curtição.
    Penso que muitas vezes os próprios programas brasileiros ás vezes passam este tipo de imagem clichê, aonde muitas vezes os personagens das novelas vão à praia antes de trabalhar e quando trabalham tudo é muito divertido e calmo. Mostra-se sempre todos muitos alegres e sem preocupações.
    Acredito que a sim um pouco de semelhança entre os estrangeiros e os nossos olhares brasileiros. Digo isso porque uma vez enquanto visitava familiares no sul do Brasil, enquanto conversávamos sobre modos de viver, um colega me disse que a vida do carioca é muito fácil, só ir a praia, beber água de coco, sem se preocupar em trabalhar.
    Como se todos os que moram no Rio de Janeiro fossem ricos. Então não precisou estar muito longe, ou fora do Brasil para se ter o mesmo tipo de pensamento sobre outras cidades. Como os estrangeiros têm.
    Acho que muitos brasileiros por vezes se esquecem de tudo o que o Brasil ainda precisa mudar, ou tudo o que o Brasil realmente é. Acabam ficando encantados e se perdem em suas próprias belezas.
    O interessante no filme é que por mais que se firmassem estereótipos e clichês sobre os brasileiros muitos dos diretores e autores sabiam que nada conheciam sobre o Brasil e que muitas vezes apenas seguiam sua imaginação ou o que já haviam escutado sobre a cultura, modo de viver e etc.

    Yasmin Brito Pillar Lopes
    estou postandocomo anonimo porque não estou conseguindo fazer o Login

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  14. O fato é que, infelizmente, ainda temos o costume de estereotipar as nações que desconhecemos. Mas, quando é conosco, pensamos diferente: dói ver/ouvir como somos reconhecidos no exterior. A reprodução desses clichês já citados pelos colegas reforça o preconceito e o desrespeito a outras culturas. Mas o que mais me assusta é que é isso que é vendido pela grande mídia, e amplamente consumido pelo público.

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  15. O filme mostra como os brasileiros são estigmatizados no cinema estrangeiro, com visões estirotipadas e algumas vezes deturpadas.E isso ocorre não apenas por ignorância da nossa realidade, mas também por diversão sarcástica. Nossa reação não é se defender ou responder a altura, mas se deprimir como vítimas injustiçadas.
    O Brasil é sempre lembrado pelas suas belezas naturais, como país do futebol ou ainda como um país violento e cheio de injustiças sociais. Ou por mulheres andam nuas ou de topless pelas praias, macacos convivem com as pessoas na cidade, há selva amazônica no Rio de Janeiro, nossa língua materna é o espanhol. Os homens são malandros, as mulheres são putas. Enfim, somos todos exóticos, sensuais e violentos selvagens. Ou seja, desconhecem a nossa realidade.
    O mais grave é que a maioria das pessoas “comuns” que são entrevistadas, de diversos países, repete os clichês propagados. A “violência” é sempre o centro, crianças muito pequenas aparecem com armas na mão como se isso fosse algo corriqueiro na maioria das favelas, o ambiente favelado é uma ameaça à vida dos que vêm de fora. Educação de má qualidade, saúde desmatelada, ausência de saneamento básico, moradias precárias, desrespeito aos direitos fundamentais de cidadania são violências invisíveis. Logo, devemos lutar para desmistificar esses esteriótipos.

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  16. Obrigada pelos comentários de todas: Lia, Isabella, Cintia, Vanessa, Sara, Thais, Diana, Danielle, Yasmin, Maysa e Nivea!Boas discussões esse filme gera...

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  17. Já tinha uma visão do olhar estrangeiro sobre o Brasil, minha mãe trabalha alugando apartamentos por temporada, e infelizmente já havia visto algumas das falas do filme pessoalmente. Mas a questão é a seguinte, oque fazemos para mudar essa visão? De que maneira estes esteriotipos são tão reforçados no exterior o que gera isso? Como educadorees é bom que pensemos nestes questionamentos, pois a reclamação sem ação é vazia.

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  18. Trazer o debate para dentro da escola é um início, Monica! Fazer pensar sobre algo que já se naturalizou, observar questões que nem sempre percebemos é uma forma de trazer a tona algo que por vezes é tido como normal e que com debates como esse vê-se que são visões construídas. Saber que quando educamos também construimos com nossas atitudes e comentários visões com e para nossos alunos também gera uma responsabilidade em nós.

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