Seja bem vinda(o)!

Seja bem vinda (o) ao blog da disciplina "Leitura e produção de imagens – Imagem e Educação", ministrada pela Profª. Adriana Hoffmann na UNIRIO.
Este blog será construído junto com os alunos, a partir das produções realizadas em nossos encontros semanais.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Filme Olhar estrangeiro e questões sobre projeto final - parte 2

Dando continuidade teremos na próxima segunda, dia 21/11, a exibição com debate no CINE CCH do filme "Olhar Estrangeiro" de Lúcia Murat. Mais informações entrem no blog http://cinecch.blogspot.com/

Aproveito para trazer aqui as demais questões relacionado filme e escola, filme e projeto que farão:

Que "olhares estrangeiros" percebo na escola sobre os professores, alunos e a própria escola?

Que "olhares estrangeiros" percebo na escola sobre a presença da imagem dentro dela?

Como pretendo favorecer na escola - através do meu projeto - um olhar mais contextualizado e crítico para a imagem da cultura midiática?

Como pretendo favorecer um olhar menos "estrangeiro" para o trabalho com a imagem da mídia na escola por parte dos professores?

 Aguardo as trocas entre vocês. Esse espaço está aberto para os alunos da disciplina pensarem e discutirem a respeito da relação entre filme e projeto final que farão.

Bons debates!

Adriana

12 comentários:

  1. São muitos os "olhares estrangeiros" sobre a imagem da cultura midiática na escola. Olhares que criam estereótipos e cliches sobre o "mal" da mídia em si, como se ela não fosse feita e usada por sujeitos mas por máquinas que só repetem ordens e não pensam. Creio que não são esses sujeitos que temos e que queremos na escola, nem enquanto alunos e nem enquanto professores... Infelizmente vejo com tristeza que não trazer a mídia para debate na escola favorece cada vez mais o "olhar estrangeiro" para com ela. Um olhar distanciado que, assim como no filme, não procura conhecer a realidade para falar dela com conhecimento de causa mas fala dela a partir dos cliches criados pelo senso comum que se repetem indifinidamente ano após ano. O tempo passa e esse olhar não se modifica na escola. Podem me dizer porquê?

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  2. Pois é que o clichê é tão forte que nem com uma disciplina no curso de Pedagogia algumas turmas conseguem romper com isso... Uma disciplina só não basta para romper com os clichês vividos numa formação inteira e por valores que as escolas "imbutem" nas mentes dos professores contra a mídia. A turma de vocês é um exemplo disso. Concordam??

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  3. Analisando o filme “Olhar estrangeiro” e comparando com as mídias dentro da escola. É possível pensar que muitos professores deixam de usar as mídias achando que a aula pode virar bagunça, que os alunos usando computadores na escola e acessando a internet não será produtivo, podendo se transformar em brincadeira. Que muitas vezes usar um filme ou documentário para apresentar um conteúdo não faz tanto efeito como um livro didático e etc.
    Muitas vezes os próprios alunos usam as mídias para diversão ou não sabem nem como usá-las e criando preconceitos e clichês. Acham que o acesso a internet é somente para brincar e jogar ou entra em redes sociais.
    Com o trabalho proposto na disciplina acredito que todos pretendem mostrar como é possível as mídias e a escola estarem entrelaçadas. Quebrando preconceitos e clichês já formados.
    Que com projetos, objetivos e atividades preparadas e pensadas há sim como se fazer um belo trabalho.

    Yasmin Brito Pillar Lopes

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  4. Percebemos na escola o olhar estrangeiro na medida em que a escola está distante das mídias, não há na escola este espaço destinado as mídias. Dentro da escolar percebemos este olhar estrangeiro, ou seja observamos o distanciamento entre professores e alunso sobre as mídias uma coisa que deveria estar cada vez mais próxima dos alunos. Pretendo favorecer a escola com um olhar menos estrangeiro com meu projeto uma utilização das mídias, seja ela qual for, por exemplo uma escola que já possui aulas de música e oficinas pode se integrar ao projeto com mídias, utilizando para essas aulas o apoio das mídias. Por parte dos professores eles precisam querer e buscar o trabalho com as mídias, pois com isso seu trabalho ficaria mais fácil.

    Cintia Machado

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  5. Acredito que os olhares que vimos no filme "Olhar Estrangeiro" são facilmente relacionados com os olhares dentro da escola. Geralmente, o aluno não conhece a realidade do professor, que por sua vez, também não conhece bem o professor. A própria escola, muitas vezes, também não sabe como lidar com algumas características de seus alunos. Isso dificulta o relacionamento e, com certeza, interfere na qualidade do ensino. A questão de se trabalhar com as mídias na escola passa por esse ponto. Encontramos professores despreparados, que não sabem usar a tecnologia ou que partem do princípio de que seus alunos não têm condições de utilizar esse material. Muitas vezes, estão perndendo a oportunidade de realizar grades projetos com seus alunos.
    Nosso projeto pretende aproximar alunos, professores e mídias, quebrando esses "tabus", mostrando que é possivel fazer da escola um espaço para dar o ponto de partida para a inserção no mundo digital. Onde aquele que sabe ensina, e aquele que não sabe, não só aprende com os outros, mas é estimulado a descobrir sozinho cada vez mais. Além disso, é importante dizer, que nada faz sentido se não colocarmos à disposição dos alunos os recursos para tal.

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  6. Assim como o filme nos mostra visões estiriotipadas e deturpadas do nosso país, muitas vezes professores, assim como os próprios alunos têm uma visão estirotipadas deles próprios, como os chamados alunos problemáticos.
    Muitas vezes nos lembramos apenas dos problemas encontrados nas escolas pois desconhecemos a sua realidade.
    Com relação as mídias a escola encontra barreiras para utilizá-las, mas também não pode continuar trabalhando com recursos como quadro e giz. Logo, os professores reclamam da falta de interesse de seus alunos, a escola precisa, tornar-se mais atraente e moderna, acompanhando as tecnologias. Tornar as aulas mais dinâmicas, utilizando recursos simples como: rádio, vídeo, jornais e revistas, que facilitem a aprendizagem, pois envolvem elementos do cotidiano dos alunos.
    O professor não pode negar as mudanças, pois a cada dia que passa o mundo se torna cada vez mais informatizado, é necessário, que ele compreenda a nova organização da nossa realidade, revendo suas práticas de ensino e os recursos que utiliza. Ao aceitar tais mudanças o professor estará entrando em contato com os mesmos meios midiáticos que os alunos usam em suas casas.

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  7. Boas opiniões trazidas aqui por Yasmin, Cintia, Thays e Nívea! Importante essa percepção de vocês do que a escola vê com um "olhar estrangeiro" para dentro da própria escola. Essa questão da mídia ser vista como "estrangeira" na escola cercada de preconceitos e clichês é algo que percebemos muito claramente. No entanto, é importante entenderem que a mídia está na vida assim como estará na escola como parte do processo de contrução do conhecimento e não apenas como "recurso" para tornar a aula interessante... Pensem na mídia como pensamos nos livros. Entendemos que eles são algo básico e necessário no processo de aprendizagem e não um recurso para "enfeitar" ou trazer algo novo para a escola. A mídia deve entrar na escola assim dialogando com os livros e o conhecimento de forma geral.

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  8. Acredito que a questão do “olhar estrangeiro”, ao qual o filme remete, está muito presente na escola quando abordamos as relações entre os sujeitos, suas significações, seus discursos. Percebo um grande distanciamento quando tentamos enxergar o ponto de vista de cada um dos agentes presentes na escola; o professor não entende os seus alunos, os mesmos não compreendem a dimensão e as questões próprias ao trabalho e à subjetividade do professor; nas zonas fronteiriças que se dão a maioria das relações, e é aí que percebo muitas vezes o olhar estrangeiro operando no ambiente escolar.
    A presença da imagem na escola também sofre “olhares estrangeiros”. O professor ainda não se apropriou do uso da imagem, do audiovisual, sua linguagem e suas possibilidades, ainda utilizado estes materiais como acessórios em sala de aula. Há uma resistência em empregar estes recursos, seja por desconhecimento ou preconceito; ao se abordar, por exemplo, produtos midiáticos, há uma repulsa muito nítida, pretendendo-se afastar algo que não participa de uma pressuposta cultura “legitimada” da escola.
    Ao abordar elementos da cultura midiática e a relação com a imagem e escola, pode-se também questionar e produzir novos sentidos e conhecimentos; ao proporcionar outras leituras de um mesmo material, presente no cotidiano dos alunos e não menos legítimo, pode-se dialogar, fazer criticar, dotar de meios para produzir e questionar, principalmente com elementos que são parte da cultura a que estamos expostos.
    Acredito que meu projeto vai de encontro a essa proposta, que permite articular varias mídias e conteúdos, como literatura, música, artes, e para isso empregar o recurso do audiovisual, uma mídia pouco utilizada dessa forma. Não apenas aproximando professores desse recurso, mas também favorecendo o surgimento de outras questões e práticas como edição de foto, vídeo, música, técnicas de animação e criação, ampliando essa relação de professores e alunos com as mídias.

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  9. Muito bom Ju!!
    Você sempre me surpreende, menina!
    Beijos,

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  10. Yasmin, Cintia, Thais e Nívea,
    Boas questões observadas! Esse filme permite pensar sobre muita coisa...
    Beijos,

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  11. Os olhares estrangeiros que percebemos sobre os professores são os de que estes nascem sabendo de tudo, que devem ter explicações sobre tudo, que não podem simplesmente dizer “Não sei a resposta disto, vou pesquisar a respeito.” Os professores também não são reconhecidos e desvalorizados. São vistos como pessoas que recebem mal pelo trabalho que fazem. Os alunos são vistos, por muitos ainda, como criaturas vazias que só devem acumular conhecimentos e decorar os conteúdos propostos. São vistos como “seres em criação”, pessoas que ainda não são alguém. E sim, que um dia serão. A escola atual é vista como um local de propagação de conhecimentos acumulados pela humanidade e um direito e dever dos pais de colocar seus filhos. É um lugar que ainda é resguardado e fica a critério do governo e dos professores o que será trabalhado lá. Os alunos, pais e comunidade não tem voz.
    A imagem na escola é vista como algo ruim. É entendida como uma diversão ou algo que foge a regra do livro didático. Como um momento a parte da aula onde o professora vai apenas ilustrar ou exemplificar uma conceito ou história.
    Através do nosso projeto pretendo introduzir a imagem não só como complemento, mas como real ferramenta de trabalho. Visto que essa pode ser utilizada de inúmeras formas e com várias mídias. Se bem trabalhada pode modificar o olhar dos alunos a respeito do certo tema ou fazê-los entenderem com diversos “olhares” o mesmo tema. Os professores se bem instruídos e dispostos podem fazer dessa ferramenta algo muito útil e proveitoso em seu trabalho diário. A imagem na educação é fundamental. Visto que o bombardeio desta no cotidiano é cada vez mais constante e de variadas formas. Já que vivemos neste muito cabe a nós aprender a lidar com este da melhor forma e não fechar os olhos para as imagens que estão na nossa frente.

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  12. Boas questões, Sara!! Quiçá possamos discutir e pensar sobre as imagens nas escolas... Imagem não é complemento do texto, não é ferramenta mas é um texto assim como o texto escrito mas de outra natureza.Quando alunos e professores perceberem que a imagem não está "fora" da escola mas já está dentro dela mesmo das que dizem que ela está fora aí poderemos trazer realmente questões que lidem com a imagem de forma responsável e não como enfeite apenas de um texto escrito valorizado como único meio de conhecer, aprender e difundir conhecimento...

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